“(Jesus) Disse-lhes: ‘Minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem comigo. ’” (Mateus 26.36-43 - Destaque v.38).
O número de evangélicos tem crescido consideravelmente em todo o Brasil. Percebemos, porém, que da mesma forma que tem crescido numericamente, têm aumentado a religiosidade, o pecado, as heresias, a falta de conhecimento de Deus e das Escrituras. Esta situação só será mudada quando Deus enviar um avivamento espiritual sobre a Igreja e individualmente sobre cada um de nós, para que o seu povo se volte para Ele e para a Sua Palavra.
O grande problema é que a Igreja não tem conseguido caminhar sem ser contaminada pelo espírito da época. A Igreja é tentada de todos os lados e atacada pelo secularismo e materialismo. O autor do livro de Hebreus fala para “nos livrarmos de todo pecado e embaraço que nos atrapalha e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta tendo os olhos fitos em Jesus.”.
1 O pecado nos distancia de Deus “Mas as suas maldades separaram vocês do seu Deus; os seus pecados esconderam de vocês o rosto deles.” (Is 59.2).
2 Embaraços não são pecados, mas tem consumido nosso tempo sublime e o privilegio de estar diante de Deus. Um dos grandes embaraços é o que chamamos de "correria" do dia-a-dia. Algumas pessoas até entendem a importância da oração, mas a agitação diária tem consumido seu tempo. A justificativa delas é: “Onde vamos encaixar Deus na agenda, numa vida que já parece ter compromissos demais?”. A.W. Tozer nos deixou um alerta: “Nós cristãos, temos que simplificar nossas vidas, ou teremos de perder tesouros incontáveis, na terra e na eternidade. A ciência que nos proporcionou certas comodidades materiais rouba-nos as almas, cercando-os de um mundo hostil à sua existência. A necessidade e soledade e quietude, nunca foi maior do que hoje.”.
A oração sempre foi de grande relevância na vida e no ministério de Jesus. Ele orou antes das crises, antes de escolher os discípulos, antes do sermão do monte, antes de começar alguma viagem evangelística, antes de dar inicio ao ministério publico, antes das tentações, antes da cruz e na cruz.
A proposta de Deus desde o início da historia da humanidade foi o relacionamento profundo com Deus, intimidade com Deus, Deus ter a companhia do ser humano. Jesus entra na Historia para mostrar, com clareza, esse propósito do Pai: “Jesus subiu a um monte e chamou a si aqueles que ele quis, os quais vieram para junto dele. Escolheu doze, designando apóstolos, para que estivessem com ele.” (Marcos 3.13).
Jesus não escolheu seus discípulos para usa-los de trampolim e se projetar no ministério. Antes de qualquer serviço, ele queria seus seguidores como companheiros de jornada. No Monte das Oliveiras, Jesus sabia que estava chegando o pior momento de sua vida. O que Ele estava precisando era de companhia: “Disse-lhes então: A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem comigo.” (V38).
A pergunta que Jesus fez aos discípulos ainda ecoa em nossos corações: “Será que vocês podem ficar comigo pelo menos uma hora?” Um período? Um momento? Será que é tão difícil assim?
Concluindo leitores, o propósito maior da oração não deve ser os benefícios que ela proporciona, mas a companhia daquele que nos ouve, Deus! É o filho que deseja estar na presença do pai simplesmente porque o ama. Deus está nos convidando a ter um tempo de qualidade com ele, seja nos momentos ruins ou nos momentos bons, nos momentos tristes ou nos alegres, sabendo que a graça dele nos basta e sua presença é o nosso prazer.
Que Deus assim nos abençoe.
Pr. Hélio Veríssimo
Nota: Mensagem pregada no culto da manha na IEVY, em 25.8.19.
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